Pães

Pão de coco e cúrcuma

O pão é um alimento presente em todos os lares, de muitas utilidades, mesmo depois que envelhece. Sempre envolvido em muitas memórias, desde o cheirinho que vem das padarias por onde passamos ou que invade as nossas casas, quando os assamos.
Há quem associe o ato de sovar ao fato de se descarregar as tensões. No filme “Como água para chocolate”, Tita tem seu casamento vetado pela mãe, e a cozinheira da família, Nacha,  insiste que Tita se alimente, dizendo:
“Sofrer com pão, dói menos”.

Pão de coco e cúrcuma

1/2 envelope de fermento biológico seco (5 g)
1 1/2 colher (sopa) de açúcar
1 1/2 xícara (chá) de água morna (360 ml)
1/2 xícara (chá) de farinha de coco
1 colher (café) de cúrcuma em pó (açafrão-da-terra)
1 colher (chá) de grãos de coentro tostados e triturados (usei pimenta-da-jamaica triturada)
2 colheres (chá) de sal
1 ovo
500 g de farinha de trigo
1/4 xícara (chá) de óleo de coco

Preparo

Dissolva o fermento com um pouco de água morna, só para virar uma pasta. Junte o açúcar, o restante da água, a farinha de coco, a cúrcuma, o coentro (ou pimenta jamaica), sal e ovo. Misture com uma colher, acrescente a farinha de trigo aos poucos, mexendo e depois sovando até ficar macia. Junte a gordura de coco e  misture até incorporar à massa. Se necessário, acrescente mais farinha até soltar das mãos. Cubra a massa com plástico e deixe crescer até dobrar de volume.
Divida a massa em 2 partes, abra com rolo em retângulo comprido e molde como rocambole. Polvilhe farinha de coco ou pulverize água e role o pão sobre farinha de coco.
Use assadeira untada e enfarinhada. Preaqueça o forno bem quente (280º). Asse por 10 minutos, diminua para 160° e deixe assar por mais 50 minutos. Devem ficar dourados.

Dicas

Consumir em 3 dias ou deixe-os na geladeira para mais tempo ou congele.
A receita é adaptada da Neide. Troquei os coentros pela pimenta jamaica para ver como ficava. O resultado é um pão aromático. Fiquei imaginando da próxima vez  fazer esse pão mais doce, reduzindo a quantidade de sal e aumentando a de açúcar. Deve ficar muito bom também.


A cúrcuma (açafrão-da-terra) emprega essa cor amarelada ao pão. Coincidentemente, a Neide Rigo comprou cúrcuma quando estivemos passeando pelo mercado de orgânicos e ofereceu-me um pouco. Como não tenho terreno, declinei da oferta, mas me arrependi, afinal a planta nem faz tanto volume assim, que não possa caber num vaso…

Cúrcuma-de-vaso


A Curcuma alismatifolia é natural da China e o Vietnã. Também conhecida como açafrão-da-cochinchina e tulipa-de-sião. Essa não é a mesma cúrcuma, cuja raiz é usada para dar cor e sabor aos alimentos, mas suas flores são brancas.

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24 Comentários

  • Adri

    Gina, que dupla de pães lindos esses seus! Como você bem falou, o cheiro de pão quentinho é um dos melhores do mundo, esse deve ter ficado especialmente perfumado, por causa das especiarias. Adorei conhecer a cúrcuma, ainda bem que você explicou que não é a do tempero, senão eu ia achar que fosse 🙂 Beijos!

    • Maria Rita

      Bom dia a todos curcumeiros(as). Amo plantas, e me encantei com a curcuma. Sua beleza das e sua utilidade na culinária. Natal, RN Brasil. Brasil acima de tudo, DEUS ACIMA DE TODOS AMÉM.

  • Rachel Azevedo

    Ai amiga, estou na fase dos pães especiais, esses dias fiz um da amiga Angela, agora vai ser a vez deste, achei linda a cor e a textura parece perfeita, ando fazendo uma economia danada deixando de comprar os prontos e ainda saio ganhando, principalmente em questão de qualidade, minha dieta agradece.

    Adorei o tema para a última fase da blogagem, coincidentemente estou terminando a leitura do último livro da Zíbia “A vida sabe o que faz”, você já leu…gosta?

    Uma boa semana pra você amiga!

    Bjuss!!!

  • laura lucia

    Gina,
    A matutinha do Ceará, terra do coco, nunca ouviu falar em farinha de coco. Você me explica depois, tá?
    Quanto à cúrcuma, só vejo por aqui um pozinho amarelo, que é usado mais para dar cor, pois não tem gosto de nada em especial, e ainda é misturado com urucum. Há muitos anos atrás, ganhei de uma cliente mineira, dois pedaços de uma raiz fresca, tipo gengibre, que ela me disse ser açafrão. Eu amei o arroz feito com um pouco da raiz ralada. Era delicioso e bem diferente no seu sabor. Será que este era o açafrão-da-terra que você fala? Viu, morar no Ceará é assim: ignorância absoluta dos temperos e ervas diferentes do comum.

    Bem, mas que seus pães ficaram belos, não resta dúvida. E aquele amarelo do recheio dá um aspecto muito apetitoso ao pão. Ah, sim, pela primeira vez vejo um post de pão com sova sem ficar morrendo de inveja, pois agora posso usar meus formidáveis ganchos da batedeira para sovar… Bom, não é?

    Beijo carinhoso, Laura Lucia

    • Gina

      A raiz fresca ainda não usei, mas é dessa mesma, com carinha de gengibre que se seca pra fazer o pó, também conhecido como açafrão-da-terra. Não tenho dúvida que a cúrcuma fresca dará um sabor muito melhor do que a seca.
      As máquinas estão aí pra nos ajudar mesmo! Deixemos o serviço pesado pra elas.
      Boa semana!

  • akemi

    Nossa, adorei a cor desse pão! Deve ter ficado bem interessante a combinação de sabores! Já tinha visto algumas receitas com a farinha de coco na Neide e agora fiquei mais curiosa ainda! Vou ver se encontro em alguma loja de produtos naturais no centro e testar esta receita com a sugestão que deu em fazer mais adocicada! Bjss e boa semana!

  • Josy

    É verdade Gina, fazer pão descarrega as tensões. É uma arte. Eu adoro fazer pães. Exige amor e paciência.Fazer pão em casa é um ritual que envolve toda a família. A escolha da receita e dos ingredientes, os descansos da massa, o cheirinho de pão que invade todo o espaço e a refeição compartilhada depois de tudo pronto. É gratificante. Esse seu pão ficou belíssimo, a cor, a textura, o sabor deve ter ficado delicioso e o aroma pela casa é único não? Gostei muito dessa receita. A flor cúrcuma achei super delicada, linda. Uma ótima semana.Bjos

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