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Curitiba-Morretes

Ferrovia Curitiba-Morretes

Estive visitando Morretes (PR) com uma amiga carioca. A cidade foi fundada em 1721.
O Hotel Nhundiaquara é a construção mais antiga, do século XVII, transformada em hotel em 1944. Fica às margens do Rio Nhundiaquara, que corta a cidade.
Sabe aquelas cidades bucólicas, que têm coreto? Morretes tem!

Curitiba-Morretes
A viagem de Curitiba até lá, através da ferrovia, corta paisagens belíssimas, mesclando a simplicidade das casinhas de madeira à beira da estrada, onde a fumaça do forno a lenha se faz presente e a exuberância da natureza, na Serra do Mar. É um dos roteiros turísticos mais visitados do Paraná.
Essa ferrovia começou a ser construída em 1880 e levou 5 anos para ficar pronta. É considerada um marco na engenharia mundial devido à geografia local. O trajeto faz parte dos 110 km unindo Curitiba ao porto de Paranaguá, para onde deveria escoar a produção de grãos do Estado. No ponto mais alto, o Túnel Roça Nova está a 955 m de altura. É um desfilar de precipícios bem ao lado da ferrovia!
Mais de 9.000 homens trabalharam nessa obra, com 13 túneis, 30 pontes e vários viadutos. A Ponte S. João tem 55 m de altura, o Viaduto Carvalho está assentado sobre 5 pilares de alvenaria na encosta da rocha, de modo que o trem parece levitar. Esse detalhe de engenharia foi o primeiro a ser construído no mundo.

O trem

Possui vagões que vão da categoria econômica à litorina de luxo e o passeio pode ter serviço de bordo e guia bilíngue. Sugiro que se escolha passagens no lado esquerdo do trem, porque a maioria das atrações está naquele lado.
Na Estação Marumbi os montanhistas descem para fazer a escalada ao Parque Estadual do Marumbi.

Em Morretes acontece a Festa do Barreado, que é o prato típico do litoral do Paraná.

Já tinha feito um post falando sobre Morretes, como o barreado é preparado e um pouco da origem do prato. Os caboclos comiam o barreado por ocasião do entrudo, precursor do carnaval, para aguentar a maratona de danças.


Fomos privilegiadas em ter, já na saída da estação, a companhia da Orquestra Paranaense de Viola Caipira. Os integrantes se dividiram entre os vagões e nos brindaram com um passeio pra lá de especial, com muita moda de viola. Assim, fomos cantando essa maravilhosa música de Almir Sater e Renato Teixeira.

Tocando em frente

Ando devagar
Porque já tive pressa
E levo esse sorriso
Porque já chorei demais

Hoje me sinto mais forte,
Mais feliz, quem sabe
Só levo a certeza
De que muito pouco sei,
Ou nada sei

……….

Como um velho boiadeiro
Levando a boiada
Eu vou tocando os dias
Pela longa estrada, eu vou
Estrada eu sou

……….

Cada um de nós compõe a sua história
Cada ser em si
Carrega o dom de ser capaz
E ser feliz

……….

Conhecer as manhas
E as manhãs
O sabor das massas
E das maçãs

É preciso amor
Pra poder pulsar
É preciso paz pra poder sorrir
É preciso a chuva para florir

……….”

 

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