Divagações,  Pães

Pão da Felicidade

Sobre o filme Pão da Felicidade

Quando fiz o pão de castanhas portuguesas, a motivação foi imensa, tão logo assisti ao filme Pão da Felicidade (Bread of happiness). Independente de eu ser uma curiosa por natureza, atraída pelas novidades gastronômicas que as mídias divulgam, das mais variadas fontes, não sossegaria enquanto não fizesse aquele pão.
O filme exerce um fascínio, trazendo-nos situações dramáticas de três personagens, desenvolvendo-as de uma maneira sutil, bela e reflexiva.
O pano de fundo das tramas era elaborar um pão com prazer, servi-lo como doação de amor e recebê-lo com a expressão “recebo com humildade”. A partir daí, a degustação vem modificar o astral das pessoas, que passam a valorizar as coisas simples da vida.

Gosto muito de fazer pão, esse alimento tão precioso, básico, universal, antigo, rústico, elaborado ou não.

Nesse filme, os pães são feitos por Mizushima e servidos por sua esposa, Rie, no Café Mani, cuja localização é paradisíaca, à beira de um lago. A simples visão da grande quantidade de lenha na varanda sugere que dali se pode esperar coisa boa.

Filme Pão da Felicidade - pães diversos

Mizushima preparou rosca, pão integral, de tomate e manjericão, de castanha portuguesa, de frutas secas, gugelhopf, de sementes, de mel e maçã, de feijão, de queijo, trança…
Não espere lógica nas tramas, nem na proporção de alimentos preparados para poucos clientes, na sobrevivência em local remoto. Fique com a beleza das paisagens, das mensagens, dos pães maravilhosos e das razões que fizeram Mizushima estabelecer-se naquele local.

Eu quis viver da maneira que eu queria, …ficar com  a pessoa que eu amo. … Comer coisas que eu gosto. Assar pão… Queria que as pessoas sentissem as estações quando comessem o meu pão.

Filme Pão da Felicidade - kampai

Obrigada aos leitores do Naco Zinha por estarem sempre aqui, acompanhando minhas estórias e receitas! E também às minhas amigas blogueiras, que gostam de fazer pães, tanto quanto eu.

No filme, se define a expressão “compagno” como “pessoas juntas, que partilham o pão”. Agradeço por sua companhia, por virem partilhar o “pão” comigo, alimentando corpo e alma. Recebo com humildade! Kampai!

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26 Comentários

    • Gina

      Sara,
      Já falei desse filme pra várias pessoas e assisti duas vezes. Às vezes precisamos focar na mensagem e nas imagens do filme, do que propriamente na lógica, na superprodução, que não é o caso. Que bom que você também adorou! E fazer pão é uma delícia, né?
      Grata pela visita!
      Bjs.

  • Jotta e Rosley

    Oi Gina!
    Em seguida à sua postagem anterior, assistimos ao filme e gostamos muito. Quem gosta de fazer pães, como nós, fica ainda mais inspirado. Valeu a dica!
    Abraços!

  • Rute

    Oi querida Gina,
    ao receber a visita da Adri me deu saudades de vocês. Então resolvi passar nos blogs das amigas e espreitar o que elas estão cozinhando.
    Seu post é muito lindo e inspirador. Fiquei curiosa de assistir ao filme japonês.
    Por falar em pão, vou-lhe contar algo extraordinário que me aconteceu:
    Numa mercearia aqui perto de casa todo o dia sobrava muito pão da venda. Aí me perguntaram se eu queria pão “de ontem”. É claro que aceitei pois acho um crime deitar alimentos fora, ainda mais, pão grande, rústico que faz deliciosas torradas.
    Bom, então desde aí tenho tido pão oferecido todos os dias. E tenho me dedicado a distribuir o pão pelas pessoas conhecidas. Pão que antigamente era jogado fora. Dá para acreditar?
    Beijo profundo e abraço apertado. Kampai (muita saúde).
    Rute

    • Gina

      Rute, que saudade!!
      Você não imagina minha felicidade em ver você por aqui justamente nesse post que fala sobre o filme, já que não é a primeira vez que trocamos indicações de filmes.
      Jogar pão fora, nem pensar! Tanta coisa se faz com pão, torradas, farinha, pudim, pizza fingida, lembra?
      Que legal essa distribuição de pães. Adorei e tinha que ser você!!
      Agora sou eu que vou contar um caso. Estávamos num restaurante na Espanha e o pão servido na entrada não nos atraiu (coisa rara!). Deixamos de lado e saboreamos o restante da refeição. Ao final, notamos que nas mesas ao lado, nossos companheiros de viagem também não tinham comido os seus, mas na conta lá estavam cobrados. Alguém teve a feliz ideia de levar o pão, afinal foi cobrado como entrada e não aceitavam reconsiderar… Assim, outros seguiram a ideia e saímos pela rua distribuindo os pães aos moradores de rua.
      Kampai, minha amiga!!

  • Fabiola

    Querida Regina, é sempre uma delícia a compannhia dos seus textos e das suas receitinhas sempre feitas com muito esmero. Desde aquele post do pão, fiquei intrigada com o filme, vamos ver se achamos por aqui. Beijos mil!
    Fabiola

  • Renata Boechat

    ah minha amiga, você falou direto comigo, você sabe né?
    ando meio afastada da arte de fazer pães, meu tempo anda mais curto do que eu gostaria, mas quanto ao filme, ai, ai, ai, já fiquei com vontade de assistir, preciso descobrir onde posso encontrá-lo, mas sei que vou gostar,
    depois comento, e desde já eu digo, é sempre muito bom vir aqui

    abraço,
    Re

    • Gina

      Renatinha, você é outra que aprecia essa arte e coloca a mão na massa, para o deleite de todos. Já tem esse ponto a favor de gostar do filme. Apenas releve a lógica e deixe-se envolver pela beleza.
      Fiquei feliz com sua visita!
      Bjs.

  • Kati Monteiro

    Gina,
    fiquei com vontade de provar o pao de castanhas que você mostrou no blog. Jà vi que perto daqui de casa tem farinha de castanhas portuguesas, e a receita està na minha lista.
    Sim, muito bonito a partilha de tantas emoçoes.
    Até breve.
    Beijos

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