Queijos,  Tortas salgadas

Suflê de queijo-reino

Suflê de queijo-reino

O suflê de queijo-reino tem história! Meu pai vendia queijos desde a década de 1960. Lembro bem dos queijos Minas, que vinham de Paracatu. O queijo prato vinha de Bom Jardim de Minas. Já contei como chegavam à nossa casa nesse post. Lembro do queijo lanche, “cavalo” (ou cabacinha) e do queijo-reino, que também conhecíamos como queijo de cuia. Eu era criança, mas não esqueço a chegada do caminhão que vinha de Minas, trazendo as encomendas. Quanto trabalho dava abrir os jacás, acondicionar, manter e entregar! Entre tantos produtos que ele vendia, os queijos foram os que mais deixaram marcas. Minha geladeira precisa deles ou meu lanchinho já não será o mesmo sem eles…

Queijos Palmyra e Borboleta
Consultei minha mãe para ver se lembrava das marcas de queijo e ela lembrou-se dos Queijos Palmyra, que tem esse nome porque começaram a ser produzidos na primeira fábrica de laticínios do Brasil, a Companhia de Laticínios da Mantiqueira, em Palmira (MG), hoje Santos Dumont. Aliás, escolhi publicar hoje esse post justamente por ser o Dia do Aviador .
Esse foi o estande dos Queijos Palmyra e Borboleta, no encontro de blogueiros em São Paulo (SP). Lá estava a simpática Ana Paula e toda equipe, que ainda preparou umas gostosuras pra nós. Veja aqui.

O queijo-do-reino é uma variedade de queijo semiduro e maturado, que tem a forma arrendondada e a casca vermelha, em função do uso de urucum.

Vem acondicionado numa embalagem de flandres. É o primeiro queijo curado, criado e industrializado no Brasil, inspirado no Edam da Holanda, que era importado pela corte portuguesa. A origem do nome se deve a isso, ele abastecia os nobres do reino de Portugal, que aqui se estabeleceram.
A fábrica dos queijos Palmyra foi fundada em 1888. De acordo com Leopoldo Costa, no livro “O Leite em Minas Gerais”, de José de Souza Castro, o proprietário da fábrica mandou vir da Holanda um técnico para produzir queijos finos. Mais tarde, esse técnico construiu sua própria fábrica, a Borboleta.
Ganhei esses dois queijos e me vem à memória detalhes da infância, o que acabou gerando esse post longo, recheado de motivos para me deixar divagar… Mas vamos à receita do suflê de queijo-reino!!

Suflê de queijo-reino

500 ml de leite
Sal e pimenta-do-reino a gosto
6 colheres (sopa) de manteiga
1 xícara (chá) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fécula de batata (ou farinha de arroz)
4 ovos
1 1/2 xícara (chá) de queijo-do-reino ralado fino

Preparo:

Ferva 300 ml de leite com sal, pimenta-do-reino e manteiga, atentando para a quantidade sal, uma vez que o queijo já é salgado. Dissolva a farinha e a fécula nos 200 ml de leite restantes e verta na panela, em fogo baixo, sempre mexendo para não empelotar. Retire do fogo, acrescente as gemas, uma a uma, o queijo e, por último, as claras em neve, mexendo delicadamente. Leve ao forno preaquecido a 190°, em forma para suflê untada. Asse entre 20 a 25 minutos ou até corar. Sirva imediatamente.
Nota: Esse NÃO é um post patrocinado.

Asa-de-borboleta (Christia obcordata 'stripe')
Foto: daqui

A asa-de-borboleta (Christia Obcordata ‘Stripe’) é natural da Ásia.

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